"Pior do que ciúme é a falta de ciúme. A indiferença é uma doença muito mais grave. Alguém que não está aí para o que faz ou não faz, para onde vai e quando volta. De solidão, chega a do ventre que durou nove meses. Tão cansativa essa mania de ser impessoal no relacionamento, de ser controlado, de procurar terapia para conter a loucura. Loucura é não poder exercer a loucura."
— (Fabrício Carpinejar)
sábado, 17 de dezembro de 2011
Eu gosto de silêncio, prefiro ler o que as pessoas dizem, parecem mais sinceras, a maioria das pessoas que falam muito, não dizem nada. Não gosto muito de telefone, mas amo a voz de algumas pessoas e isso me anima e ficar com a orelha quente de tanto segurar o telefone contra ela, sorrindo. Tenho saudades imensas de tanta coisa e me arrependo de outras profundamente, isso de não se arrepender de nada do que você faz é papo furado, a gente sempre quer mudar alguma coisa, deixar algumas pessoas, ficar calado em algumas horas e falar em outras. Gosto de pessoas que sorriem sem medo de ficar feio em foto, gosto de gente que fala o que pensa, que discute o que acha errado e que enfrenta as coisas com a cabeça erguida, sinceramente fico rindo daqueles drama mexicanos que algumas pessoas fazem e o pior é que tem gente que acredita, desses acho que tenho dó. Gosto de música com letra, essas que você escuta e se vê nelas, gosto de pessoas que cantam gritando, mas aprecio aquelas pessoas que falam baixinho, tenho dó de gente mesquinha, porque essas sim nunca saberão ser felizes. Sou daquele tipo que não têm talento pra nada, fico perdida quando tenho que falar alguma coisa em público, mas que faz piada de tudo, que é feliz, sou daquelas que duvidam um dia e acreditam a vida toda. Ás vezes, tenho muita vontade de voltar atrás e mudar tudo, mas sei que as coisas têm um significado, mesmo com tantas lágrimas no caminho, ainda nasceram flores lindas, raras e nessas, eu dou valor, são minhas, são partes de mim e têm gente que acha estranho, acha feio, é como arte, livro, você não vê somente o que o artista quis mostrar, você vê de acordo como vê o mundo, com o tempo você aprende que esse é o segredo, vai importar sim o que os outros pensam de você, mas importa mais ainda o que você pensa sobre si mesmo.
Mas é assim que funciona, Zé. Querendo ou não, aceitando ou não. Quando uma pessoa entra em nossa vida e fica nela por um bocado de tempo, quando se vai, mesmo que contra nossa vontade, faz falta. Traz-lhe saudade e sofrimento. E o pior Zé, é a culpa que carregamos dentro da gente. Aquela insatisfação de ter permitido que a solidão viesse, e quem nós amamos, se fosse. Essa sensação de não ser bom o suficiente para segurar alguém, mata Zé. Mas você, conseqüentemente, continua vivo.“
sexta-feira, 16 de dezembro de 2011
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— Clarissa Corrêa
Acho tão bonito casais que duram. Não importa o tempo, o que vale é a intensidade. Querer estar junto vale muito mais do que estar junto há 20 e tantos anos só por comodidade. Sei que estou falando obviedades, mas hoje vi um casal de velhinhos na rua. Acho que o amor, quando é amor, tem lá suas dores bonitas. A gente vê uma cena e o coração fica emocionado. Nos dias de hoje, com tanta tecnologia, com tanta correria, com tanta falta de tempo, com tanto olho no próprio umbigo e nos próprios problemas, com tanta disputa pelo poder, pelo dinheiro, por ter mais e mais, sei lá, acho bonito ver um casal de velhinhos na rua. A mão, enrugadinha, segura a outra mão. A outra mão, por sua vez, segura uma bengala. Falta equilíbrio, sobra experiência. Falta a juventudade, sobra história para contar. Falta uma pele lisa, sobram marcas de expressão que contam segredos. Envelhecer não é feio. Em tempos de botox, a gente devia olhar um pouco para dentro. De si. Do outro. Do amor.
— Clarissa Corrêa
Hoje chorei sem saber ao certo o motivo. Não estava triste e nem tão feliz a ponto de chorar. Eu apenas, chorei.
— Querido John
Viníciues de Moraes
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Sinto-me só.
Vago em mim mesmo, sozinho, perdido
Tudo é deserto, minha alma é vazia.
E tem o silêncio grave dos templos abandonados.
Vago em mim mesmo, sozinho, perdido
Tudo é deserto, minha alma é vazia.
E tem o silêncio grave dos templos abandonados.
500 Dias Com Ela
A maioria dos dias do ano é comum. Eles começam e terminam, sem nenhuma memória durável nesse tempo. A maioria dos dias não tem impacto no decorrer da vida.
Caio Fernando de Abreu
Tá tudo bem na verdade. É só uma questão de se encontrar. Porque às vezes eu me perco e fico me procurando, e não me acho.
Fernanda Mello
Em uma época em que os desejos duram o tempo de uma estação, amar virou coisa de gente corajosa.
sábado, 3 de dezembro de 2011
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E é interessante. O tal do ser humano é interessante. Sempre procurando o amor definitivo e a tal da segurança. Logo ele, capaz de morrer no próximo minuto, sujeito à primeira ventania, e sem a menor chance diante do menor maremoto. A segurança, colega, não existe. A gente inventou. E isso dói.
— Oswaldo Montenegro
sexta-feira, 2 de dezembro de 2011
( Desconhecido. )
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